Tendo como ponto de partida o conceito de cicatriz nas suas diferentes significações, e uma das ideias fundamentais da disciplina filosófica Semântica Geral: o mapa não é o território (Alfred Korzybski), o projecto CICARE levou a cabo uma fase de investigação na comunidade com recolhas de histórias e eventos com ligação à nossa região, tendo em conta as marcas que permanecem nos sujeitos, na comunidade – as suas cicatrizes. Este longo e complexo processo resultou em mais de setenta páginas de material que foi trabalhado posteriormente pelos alunos da oficina para adultos, num processo criativo com direcção artística, dramaturgia e encenação de Gi da Conceição (TEATRO PERRO).

Extraídos da nossa comunidade, os relatos recolhidos transportam cicatrizes íntimas, familiares, cicatrizes com ou sem carne, cicatrizes na memória ou da falta dela, através das quais revisitamos as últimas décadas da nossa história colectiva recente. Não fogem a temas como a religião, a…